Arquivo do mês: julho 2009

Forma x Função

 

DSC06783Final do semestre passado tive a oportunidade de trabalhar com papelão. Dentro da disciplina de projeto do objeto tínhamos que realizar um mobiliário, que este era uma cadeira utilizando como material apenas o papelão. E lógico a primeira estância me veio o espanto e a primeira duvida: “irá parar de pé?”. Afinal, não era só criar a bela cadeira, também levara em conta questões ergonômicas, antropométricas e acessíveis. Após todo estranhamento, eu e meu grupo partimos para forma de cubos que se encaixavam, tendo como partido a simplicidade, versatilidade e mobilidade. Uma idéia ótima, mas frustrada, talvez por se trabalhar com papelão não alcançaríamos o desejado, enfim faltou a capacidade estrutural. E logo o medo aparece, afinal na teoria era um projeto simples, quando na pratica apresentou sérios problemas.

Com várias idéias de estrutura interna, percebemos a falta de necessidade de manter aquela capa envoltória (que formava o tal cubo), e outra questão foi gerada sobre a forma. Era preciso manter a familiaridade estética de uma cadeira para que ela exercesse sua função?

Composto por um sistema de encaixes de quadrados em forma de “zig zag”, o projeto toma vida e aflora toda intenção inicial: mobilidade, versatilidade e simplicidade. E mais que isso, um objeto lúdico. Podendo facilmente se tornar um uma mesa, móbile e nas infinitas possibilidades de cadeiras.

Voltando a forma. A série de quadrados unidos por encaixes e uma corda, incomoda por fugir da forma tradicional que conhecemos, causa estranhamento, a aversão da única forma de se projetar um móvel para sentar, provocativo e que instiga a criatividade do usuário de acordo com sua necessidade.

Com esse aprendizado pude explorar o papelão e ficou clara a potencialidade do mesmo. E levando para um âmbito geral, em arquitetura o uso de técnicas diferenciadas e a descoberta de novos materiais podem fugir do convencional sem que perca sua função.

Um designer que possui dominio neste material é David Graas, vale a pena conferir. E algumas imagens interessantes para vocês analisarem: ajusten.

Circulo cromático

coresÉ difícil iniciar este blog com um assunto relativamente interessante. Talvez falar sobre meu problema com cores seja válido, sim é válido! Quando olhos ambientes projetados com base nas cores, seja elas primárias, secundárias, quentes…Penso: “porque não consigo criar essa harmonia também?”, lógico que nem todos projetos causam essa reflexão sobre minha dificuldade, alguns deles me motivam pelo fato de haver designers e arquitetos que assim como eu (ou até pior) possuem essa “travada” com as lindas cores. Mas poxa, sou um estudante do segundo ano de arquitetura, até então tenho esse interesse por interiores, como poderia ter essa limitação? No meu último projeto, TENTEI trabalhar com o marrom (essa cor me odeia), infelizmente não foi gratificante, parecia que estava sujando a folha ao invés de estar projetando, incrível essa minha habilidade. Talvez minha paixão por ambiente minimalista crie esta certa repulsa ao segurar minhas canetinhas diante a uma folha de papel branca com traços de um projeto perfeito. Será meu chacra estar ofuscado? Mas sim, eu adoro todas as cores e seria a pessoa mais feliz do mundo finalizando um projeto de interiores utilizando várias delas, com objetos decorativos, chaise…E até me vestindo como tal, fugindo desta certa “monotomia visual.”